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quarta-feira, 30 de março de 2016

Moção contra Moro levou a desfiliação de Pinheiro do PT




O pedido de desfiliação do senador Walter Pinheiro do PT, protocolado hoje na Justiça Eleitoral, teve como pivô uma solicitação do partido para que assinasse, na semana passada, uma moção contra o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato, operação que investiga o maior esquema de corrupção já descoberto no país tendo a Petrobras como ponto de partida e o ex-presidente Lula como um de seus alvos.
Da bancada baiana de três senadores, todos governistas, apenas a senadora Lídice da Mata (PSB) subscreveu o documento, que não recebeu também apoio do senador Otto Alencar, do PSD, partido que está praticamente desembarcando do governo, junto com o PMDB. O destino mais provável de Pinheiro continua sendo o PSD. Quando ainda estava no PT, ele chegou a discutir seriamente a filiação à legenda com Alencar, que a preside na Bahia, mas decidiu recuar depois que a decisão vazou para a imprensa. Seu objetivo principal é estar numa legenda que lhe garanta condições de redisputar o Senado em 2018, o que o PT nunca lhe assegurou. Até recentemente o partido ainda acalentava a hipótese de ter Pinheiro como candidato a prefeito contra ACM Neto (DEM) nestas eleições.
O senador vivia às turras com a sigla há muito tempo, mas sua situação ficou mais desconfortável no partido na campanha ao governo do Estado, em 2014, quando foi pego numa gravação criticando abertamente a agremiação e alguns companheiros de legenda. Ainda assim, a decisão de se desligar do PT foi vista como uma surpresa e, ao mesmo tempo, um golpe neste momento em que o partido vive o maior desgaste de sua história. Para a bancada federal baiana, o gesto de Pinheiro é um sinal de que ele irá votar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado.


Política Livre

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