O “Pacote de Maldades”
anunciado pela equipe econômica do governo é uma clara demonstração de que ele
continua se curvando aos bancos e aos especuladores, e virando as costas para
os trabalhadores. Não podemos nos calar diante desta verdadeira afronta contra
os trabalhadores e a sociedade brasileira como um todo. O que o governo quer
nada mais é do que transferir o ônus de seus próprios erros, trazido por uma
sequência interminável de desmandos na condução de sua política econômica, para
que seja pago pela classe trabalhadora. E, além de ter feito a opção mais
errada para a economia brasileira, e da reprovação de toda a sociedade, o
governo não aprende. A adoção das medidas nefastas contidas no Pacote, como o
congelamento do aumento salarial dos servidores públicos, a supressão de
direitos trabalhistas e a recriação da CPMF, o famigerado “Imposto do Cheque”,
sob a falsa argumentação de aumentar impostos para suprir a Previdência Social,
é uma forma mesquinha e ardilosa de impor mais um imposto para corroer os
salários, e um atentado cruel contra o povo e os trabalhadores. O governo quer
esvaziar e precarizar o serviço público.
A Força Sindical não medirá
esforços para que o “Pacote de Maldades” do governo vire fumaça. Apoiaremos,
democraticamente, toda e qualquer manifestação que tenha por objetivo a
garantia dos direitos trabalhistas e o bem-estar dos brasileiros. Dentro do
contexto de ajuste, as medidas irão desestimular os investimentos, visto que
irá criar novos impostos, aumentando o “Custo Brasil”. Entendemos que,
ressuscitar a CPMF de uma forma tão desastrada, é mais um erro brutal deste
governo que vem, a cada dia, reafirmando sua incompetência. Acreditamos que uma
reforma fiscal se faz necessária, mas desde que nascida do diálogo, e que traga
em seu teor compromissos que resultem no fortalecimento da economia e no
desenvolvimento do País. E não que provoquem justamente efeitos contrários.
Não vamos permitir, em
hipótese alguma, ataques aos direitos dos trabalhadores e tentativas de
mudanças que em nada vão ajudá-los. As ações do governo devem, isto sim,
priorizar propostas que visem a retomada do crescimento econômico, com geração
de empregos e renda. E este “Pacote do governo” só traz retrocessos,
arbitrariedades e maldades.
Apelamos para a
sensibilidade do Congresso Nacional para que não aprove o “Pacote de Maldades”
do governo contra a classe trabalhadora e contra o povo brasileiro, tão sofrido
em função do descaso e da indiferença impostos por este governo que só faz
olhar para o próprio umbigo.
Miguel Torres, presidente da
Força Sindical
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