“Com o calote do abono salarial, a presidente Dilma Rousseff
sacrifica os trabalhadores, mas continua incapaz de cortar na própria carne,
reduzindo o excessivo número de ministérios para realmente fazer o ajuste
fiscal”, diz o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA) ao propor um
Decreto Legislativo para anular a decisão do Conselho Deliberativo do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (Condefat) de transferir parte do pagamento dos abonos
para o ano que vem.
De acordo com Aleluia, o Congresso Nacional tem plenos
poderes de anular qualquer ato do Poder Executivo. “O Condefat é um órgão do
Poder Executivo, que sofre forte influência do ex-presidente Lula. A cruel
medida anunciada atinge milhões de trabalhadores, cuja renda não ultrapassa
dois salários mínimos e dependem do abono”.
Por isso, Aleluia avalia que a suspensão do abono salarial
vai causar incomensuráveis prejuízos a milhões de famílias brasileiras, que
contavam com o dinheiro para pagar despesas domésticas. “Meus colegas do
Congresso vão se sensibilizar com isso e aprovarão o Decreto, corrigindo mais
esta maldade da dupla Dilma e Lula, que querem fazer ajuste fiscal à custa da
miséria do pobre”.
O deputado ficou assustado com a reação de populares à
suspensão do pagamento do abono salarial. Aleluia participava da inauguração de
um mercado municipal, no bairro de Periperi, ao lado do prefeito de Salvador,
ACM Neto, na manhã desta sexta-feira (03), quando várias pessoas se dirigiram a
ele cobrando uma solução para o problema.
A decisão do Condefat transfere para o ano que vem o
pagamento de R$ 9 bilhões em abonos salariais. O adiamento se tornou possível
com a extensão do calendário. Em vez do cronograma tradicional de pagamento, de
julho a outubro, o abono será pago em 12 meses, de julho deste ano até junho de
2016. Do total de R$ 19,1 bilhões previstos, R$ 10,1 bilhões serão
desembolsados neste ano.
Ascom Democratas
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