Depois de se reunir com ministros que discutem uma
alternativa à flexibilização do fator previdenciário, os presidentes nacionais
da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, e da Força Sindical,
Miguel Torres, afirmaram nesta segunda-feira, 15, que o governo não apresentou
qualquer proposta para a solução do impasse e pediram que a presidente Dilma
Rousseff não vete o texto.
O prazo legal para que Dilma se manifeste pelo veto ou pela
sanção da nova fórmula para aposentadorias aprovada pelo Congresso, segundo a
qual uma pessoa pode se aposentar quando a soma de sua idade e tempo de
contribuição atinge 85 (para mulheres) e 95 (para homens), termina nesta
quarta-feira, 17.
"Para nós, a fórmula 85/95 é o que há de mais importante
na agenda da classe trabalhadora hoje. É essencial que Dilma sancione essa
fórmula", declarou Freitas. "Se a presidente Dilma vetar (a fórmula),
vamos ao Congresso pedir a derrubada do veto", completou Torres. Os
sindicalistas destacaram a alteração foi aprovada pelo Legislativo e que, se
Dilma optar pelo veto, estará diminuindo uma deliberação do Congresso. Eles
também questionaram a avaliação do governo de que a adoção das novas regras
leve à inviabilização do sistema previdenciário.
Os dois dirigentes chegaram a acenar com possíveis revisões
futuras das normas por conta da evolução da expectativa de vida nacional, desde
que o texto esteja sancionado e que não haja veto. Para Freitas, a nova fórmula
é de "transição". "No fórum discutiremos outras propostas para o
sistema previdenciário", disse. Torres, por sua vez, disse que as centrais
são contrárias à criação de dispositivos que criem uma idade mínima para a
aposentadoria, outra possibilidade aventada. Ele disse ainda que a partir de
amanhã os sindicalistas farão uma vigília em Brasília em defesa da sanção da
emenda.
Ascom Força Sindical
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