Estava animado com o aguardo, chegando na mata deu pra ver a
bagaceira. Com trieiro cortando pra todo lado, indicava que a bicharada andava
dando bobeira. O milho já estava pouco, e isso me dizia...Hoje vou ganhar de
primeira. Com andar descompassado e olhando pelas frestas um casal um casal de
mutum chegou. O silencio foi cortado quando um vento forte soprou, logo antes
de escurecer deu pra estranhar, pois jaó não piou.
A noite veio chegando e nada de movimento. A não ser o
balançar das folhas movimentadas pelo vento, e eu já estava cansado , castigado
pelo frio do relento. Já descrendo que nada ia chegar, resolvi cochilar,
enrolado na coberta pois o frio era de matar, lá beirando as 1:30 acordei com a
buia do mastigado , quebrando milho sem parar, pelo alto do rompido tinha no
mínimo duas na mesa do jantar.
Fui pegando a Vapor para o seu primeiro leriato e, colocando
no ponto de mira , fazendo o retrato, e com o romper da flecha foi leitoa pra
todo lado.
Logo depois do moído, desci pra procurar no meio do taquaral
foi difícil não deu para encontrar, ai depois de muita labuta, preocupado com a
dona onça..Decidi no outro dia cedo voltar acompanhado do cachorro Manel, que
com seu faro apurado minha prenda ia encontrar, com a propina de um pão com
mortadela consegui colocar o cachorro no carro ir e, em cada cancela era uma
luta danada para ele não fugir,
Chegamos a beira da mata para procurar a leitoa e sorrir. Abrindo
a porta do carro Manel sumiu no mundo, me deixando sozinho a gritar
Já brabo e sem saída, abandonado pelo cachorro, mata adentro
rompi pra procurar.
Não perdendo a esperança volta e meia gritava por Manel e
danava a assobiar.
Mas não foi muito tenpo, logo a beira do taquaral com a
leitoa eu dei
Voltei pro carro feliz e lá chegando quem eu encontrei ?
Manel com cara lambida com quem diz..Eu voltei...kkkkk
Por Abelardo Souza de Alcantara
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