Na tarde desta segunda-feira (04), o deputado Hildécio
Meireles (PMDB), em pronunciamento na Assembleia Legislativa, comentou a
resolução nº 001/2015 da Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da
Bahia (AGERSA), que autoriza a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (EMBASA) a
proceder um reajuste anual de 9,97% das tarifas de água e esgoto nos municípios
onde atua.
De acordo com o parlamentar, a EMBASA é uma pessoa jurídica
de direito privado e economia mista que tem o Governo do Estado como seu
principal acionista. Além disso, a empresa alegou que o reajuste foi com base,
entre outros parâmetros, na inflação. “A Embasa alega o reajuste tendo em vista
a correção prevista em lei anual que se deu com base na variação da inflação,
corrigido pelo IPCA, e outros parâmetros, como a elevação dos custos fixos, a
exemplo da energia, um dos principais insumos da prestadora”, ressaltou o
deputado.
Hildécio aproveitou a oportunidade para destacar que todos os
argumentos utilizados valem para reajustar o preço público, no entanto para
reajustar o salário do servidor público, não foi levado em consideração nenhum
desses índices. “Na verdade, nem o índice inflacionário foi levado em
consideração, já que na proposta do Poder Executivo o reajuste proposto aos
vencimentos dos servidores públicos é na ordem de 6,41%, parcelados. A partir
de 1º de maio 3,5%, e a partir de 1º de novembro 2,81%”, detalhou.
Segundo o peemedebista, o reajuste total não cobre nem a
inflação do ano passado. “O governo está usando dois pesos e duas medidas para
reajustar preços praticados pelas empresas que ele próprio é o maior acionista.
Ou seja, nestes casos, vale corrigir pela inflação, por exemplo. Porém, na hora
de reajustar os vencimentos daqueles que são a razão de ser do serviço público,
daqueles que oferecem à população os serviços de saúde, de educação, de
segurança pública, esses não têm o direito de ter nem o índice inflacionário para
corrigir os seus salários”, finalizou.
Fonte: Ascom do deputado estadual Hildécio Meireles (PMDB)
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