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quarta-feira, 4 de março de 2015

Trabalhadores nas ruas contra as MPs 664 e 665




A Força Sindical e as demais Centrais realizaram nesta segunda (02), em frente à Superintendência Regional do Trabalho, em São Paulo, com a presença de duas mil pessoas, ato reivindicando a revogação das MPs 664 e 665, que alteram as regras do seguro-desemprego, abono salarial, seguro-defeso, pensão por morte, auxílio-doença e auxílio-reclusão. O protesto foi realizado em várias capitais e no Interior de SP no mesmo dia em que entrou em vigor a restrição ao pagamento do seguro-desemprego. Antes, o trabalhador tinha de trabalhar seis meses ininterruptos para receber o seguro. Agora, terá de trabalhar dezoito meses dos 24 anteriores à dispensa. Para o 2º acesso precisará trabalhar doze dos dezesseis meses anteriores.
“As MPs são um crime contra os trabalhadores, e quem não se enquadrar às normas não recebe o benefício. Milhares de desempregados serão excluídos justamente quando mais precisam de dinheiro para manter seu sustento, que inclui alimentação, moradia e transporte para procurar emprego”, declara Miguel Torres, presidente da Força.
Segundo ele, o ato teve o objetivo de mostrar à sociedade a indignação dos trabalhadores, que serão prejudicados com as MPs: “Não podemos ficar calados! Março será um mês de manifestações contra as medidas”, afirma. Para João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Central, os trabalhadores não podem pagar a conta da crise. “Não aceitamos que façam economia em cima do pobre, em cima do desempregado. Os mais prejudicados serão os comerciários e trabalhadores da construção civil, devido à alta rotatividade”.
Após o ato, o superintendente regional do Trabalho em São Paulo, Luiz Antonio de Medeiros, recebeu uma comissão de trabalhadores e declarou: “Se eu não fosse delegado do Trabalho estaria com vocês nas ruas”. Medeiros lembrou que as rescisões de trabalhadores com até um ano de casa não são fiscalizadas. “É preciso fiscalizar. Existe o direito adquirido e o privilégio. É preciso acabar com os privilégios e distorções”, destacou.


Ascom Força Sindical

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