O deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA) alerta para o
risco de desemprego de 146 mil nordestinos por causa da não renovação de
contratos de energia da Chesf com empresas siderúrgicas e petroquímicas da
região, que expiram no próximo mês de julho. “Como se já não bastassem as
demissões em massa do estaleiro Enseada, em Maragojipe, se a presidente Dilma
não renovar os contratos, a Bahia será a principal prejudicada, porque aqui
estão as principais indústrias atingidas”.
Aleluia explica que, no ano passado, o Congresso Nacional
autorizou a renovação do fornecimento direto das geradoras aos grandes
consumidores, mas a presidente Dilma Rousseff vetou. “Na última quarta-feira, o
veto presidencial entrou na pauta e, depois de ser derrubado na Câmara Federal,
acabou sendo mantido no Senado por apenas dois votos de diferença”.
Agora, segundo o deputado baiano, se ficar impossibilitada de
contratar diretamente da Chesf, a indústria de base nordestina vai ter que
comprar energia no mercado livre com custo bem maior. “Fui presidente da Chesf
e sei que, na prática, isso leva a um aumento significativo no custo de
empresas que possuem até 40% dos seus gastos de produção em energia, a exemplo
de muitas do Polo Petroquímico de Camaçari, de Alagoas, Pernambuco e Ceará”.
Para Aleluia, as consequências disso serão demissões,
diminuição da produção e perda de competitividade da indústria nordestina.
"O caos social já se instalou no Recôncavo por causa do fiasco do
Estaleiro Enseada, projeto que vem sendo abortado devido ao petrolão, agora
empresas estabelecidas e sólidas, que produzem anualmente R$ 16 bilhões e geram
centenas de milhares de empregos, estão sendo vítimas de mais essa barbeiragem da
presidente Dilma Rousseff".
Ascom deputado Aleluia
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