No final do primeiro semestre de 2014, o governo de Jaques
Wagner firmou convênios através da CONDER com diversas prefeituras do estado,
no valor aproximado de R$ 95 milhões, em sua maioria para obras de drenagem
urbana que não foram executadas, apesar de ter disponibilidade de recursos na
fonte em que foram firmados os contratos, que é o BRID / PROINCLUSÃO II. A denúncia foi feita pelo líder da Oposição
na Assembleia Legislativa, Sandro Régis (DEM) que junto com a assessoria
técnica da bancada da Minoria levantou detalhes dos convênios e constatou que
os mesmos tinham vigência de oito meses e agora estão sendo aditados pelo mesmo
prazo, conforme publicado no Diário Oficial do dia 03 de março desse ano.
"Porque as obras não foram executadas no prazo determinado pelo contrato
se havia recursos disponíveis em caixa?", questionou o deputado,
informando que o saldo líquido na fonte de recursos do BRID/ PROINCLUSÃO II é
de mais de R$ 872 milhões. O democrata informou que essa situação se repete em
outras obras de relevância para a população, a exemplo da UPA de Feira de
Santana e da ampliação e reforma de unidades escolares em diversos municípios.
Segundo os dados levantados, tratam-se de contratos assinados no segundo
semestre de 2014, com prazo de execução de 180 dias e que agora estão sendo
aditados pelo mesmo período. Sandro
Régis acrescentou que em 2014, segundo publicações no DO, foram contratadas
obras que somam mais de R$ 3 bilhões, além dos convênios com prefeituras para a
construção de UPAS, estádios de futebol, quadras poliesportivas e serviços de
drenagem que totalizam mais de R$ 120 milhões.
Para o deputado, fica claro que foram obras direcionadas para
se ganhar a eleição o que mostra, segundo ele, total irresponsabilidade tanto
do ex- governador Wagner como do então secretário Rui Costa, num momento em que
a situação econômica do país já sinalizava o enfrentamento de grandes
dificuldades. " O governador Rui Costa não era apenas secretário de Wagner,
era seu homem de confiança, seu principal articulador e, portanto, tem total
responsabilidade pela herança maldita que herdou", disse, frisando que ao
pregar que as luzes vermelhas do governo estão acesas e que está tentando
equilibrar as contas, o governador Rui Costa faz oposição ao governo de Wagner,
do qual participou intensamente nos dois mandatos. "Ao que tudo indica o
governador fez promessas durante a campanha que não poderão ser honradas. Ou
será que essas obras terão que ser paralisadas para que ele possa cumprir seu
programa de governo? indagou o líder.
Ascom Liderança da
oposição
Samuelita Santana Santana
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