Depois de um dia de trégua, a moeda norte-americana voltou a
fechar acima de R$ 2,60 e bateu novo recorde. O dólar comercial encerrou o dia
vendido a R$ 2,613 com alta de 0,55%. O valor é o mais alto desde 18 de abril
de 2005, quando a cotação tinha fechado em R$ 2,616. O dia foi marcado pela
volatilidade no mercado financeiro. Até as 13h, a moeda estava abaixo de R$
2,60. Em seguida, a cotação começou a subir. Na máxima do dia, por volta das
14h30, a moeda chegou a atingir R$ 2,616. O dólar acumula alta de 1,59% em
dezembro e de 10,82% no ano.
Desde a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, o dólar tem
registrado grande volatilidade. A cotação não caiu mesmo após a confirmação da
nova equipe econômica, com Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa
no Ministério do Planejamento e Alexandre Tombini no Banco Central. A
instabilidade é agravada pelo cenário externo, principalmente depois que o
Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, encerrou o programa de
injeções de dólares na economia mundial motivado pela recuperação do emprego
nos Estados Unidos. O dólar não tem caído apesar de o Comitê de Política
Monetária do Banco Central (Copom) ter aumentado a taxa Selic (juros básicos da
economia) para 11,75% ao ano. Em tese, os juros domésticos mais altos ajudam a
derrubar o dólar porque ampliam a diferença das taxas brasileiras em relação às
dos Estados Unidos, tornando o Brasil mais atrativo para os aplicadores
internacionais. A Bolsa de Valores também teve perdas nesta quarta-feira. O Ibovespa,
índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou a sessão com recuo de 1,59% e
atingiu o menor nível desde março deste ano.
As ações da Petrobras, as mais negociadas, caíram 4,17% e
puxaram o recuo.
Escreve Agência Brasil
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