“Uma elevação das taxas de
juros tem impacto de moderação”, disse. Observou, no entanto, que há outros
fatores que influenciam sobre a expansão de empréstimos, como nível de
atividade, de confiança e sazonalidade. “Há uma série de outras influências”,
declarou Maciel.
Maciel falou sobre o tema em
entrevista. Segundo o chefe do Departamento Econômico, o comportamento do
crédito em setembro “seguiu a tendência do ano de crescimento moderado”. Ele
avaliou ainda que a elevação mensal de 1,3% do saldo das operações “deveu-se ao
maior dinamismo do crédito direcionado”.
Diferentemente dos
empréstimos com recursos livres, em que os bancos têm autonomia, o crédito
direcionado tem regras definidas pelo governo. Em setembro, as concessões nessa
modalidade cresceram 2% ante agosto, contra expansão de 0,7% do crédito livre. Tulio
Maciel chamou a atenção para a continuidade do crescimento do crédito
imobiliário para pessoas físicas, que acumula alta de 27,4% em doze meses.
“Está bem acima da média, [embora seja importante lembrar] que isso vem
moderando. Já chegou a crescer 55%, em 2010”, afirmou.
Outro motivo para expansão
do crédito direcionado foi a elevação de 2,3% na carteira para investimentos
com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo o BC, a alta pode ser parcialmente atribuída ao comportamento do câmbio
no período. “Parte da carteira do BNDES está vinculada à taxa de câmbio”,
lembrou Tulio Maciel. Para o ano, está mantida a previsão de expansão de 12% do
crédito.
Escreve Economia &
Negócios
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