O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy, ficou
satisfeito com o resultado da reunião desta terça-feira,18, da CPI Mista da
Petrobras, na qual foi aprovada a quebra dos sigilos fiscal, bancário e
telefônico do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e a convocação do ex-diretor
de Serviços da Petrobras Renato Duque, preso na sexta-feira,14, na sétima fase
da Operação Lava Jato, da Polícia Federal; do ex-diretor da área Internacional
da companhia Nestor Cerveró; e do presidente licenciado da Transpetro, Sérgio
Machado.
“Foi uma reunião que avançou bem. Aprovamos convocações de
pessoas que estão definitivamente participando dessa organização criminosa
instalada na Petrobras. E também a quebra de sigilo do Vaccari, que foi acusado
de receber 3% de todos os contratos no âmbito da diretoria de Serviços da
companhia”, disse Imbassahy. O líder reiterou a missão do PSDB nas apurações
sobre a série de desvios de recursos da estatal. “Queremos proteger e salvar a
Petrobras, sobre a qual o PT e a própria presidente Dilma diziam que estava
tudo bem. Agora constatamos que não estava nada bem”. Com encerramento previsto
para daqui a um mês, o colegiado terá que acelerar os trabalhos e, conforme
destacou Imbassahy, priorizar o depoimento daqueles que podem contribuir para
as investigações. “Não dá para chamar todos. Também não dá para ficar fazendo
joguinho de faz-de-conta, como o que acontecerá amanhã na audiência com
técnicos do Ministério Público e da CGU. Isso é brincadeira”, afirmou o líder.
Está prevista para esta quarta-feira,19, a realização de uma audiência pública,
na CPMI, para debater o regime de contratações da Petrobras. Foram convidados
representantes da companhia, da Controladoria-Geral da União (CGU), do Tribunal
de Contas da União (TCU) e do Ministério Público Federal.
Segundo o tucano, é preciso trazer para a comissão quem “tem
peso e responsabilidade no processo”. A aprovação da quebra dos sigilos fiscal,
bancário e telefônico de Vaccari foi confirmada por 12 votos a 11, a despeito
dos apelos contrários de governistas. “Estavam constrangidos e envergonhados.
Mas é inevitável que haja essa apuração para o bem da Petrobras e do Brasil”,
concluiu Imbassahy.
Escreve Bahia Noticias
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