Aparentemente, cientistas já possuem os meios para clonar um
mamute de quase 40 mil anos de idade – algo extremamente notável, apesar de ser
igualmente incerto. O nome do mamute estudado é Buttercup e ele foi encontrado
na região da Sibéria no ano passado, impressionantemente preservado em meio ao
gelo e um mamute bebê que também foi encontrado na Sibéria. Pode parecer algo
vindo dos filmes de Jurassic Park, porém os pesquisadores da empresa de
biotecnologia sul-coreana SOOAM estão cogitando a hipótese de clonar e
ressuscitar o animal, já que testes para um conjunto completo de DNA estão
sendo feitos. Se um conjunto completo de DNA não for encontrado pelos
cientistas, eles podem mapear regiões específicas do animal, como cabelos e
presas, nos genomas de elefantes.
Apesar de ser algo teoricamente possível, existem inúmeras
questões éticas que envolvem o procedimento de clonagem de um animal tão antigo
e já extinto. Em primeiro lugar, o mamute deveria ser gerado por um elefante,
sendo que não há garantias de que o elefante sobreviria à gestação – é muito provável
que o animal morresse. Vários testes com elefantes também seriam feitos até os
cientistas encontrarem um jeito de manter o mamute vivo e saudável dentro do
organismo da mãe de aluguel (e a gestação dos elefantes não é algo muito rápido
ou simples, ocorrendo em aproximadamente 20 ou 22 meses).
Além disso, também não sabemos quanto tempo o bebê mamute
sobreviveria depois do parto. Para complementar essas questões, hoje sabemos
que os mamutes eram animais extremamente sociáveis e que viviam em bandos,
portanto, o animal clonado se sentiria bastante sozinho na Terra de hoje – e
jamais iria viver em seu ambiente natural, já que o mundo todo ficaria curioso
para conhecer um ser vivo de outra era. Por isso, talvez seja melhor deixar as
coisas que faleceram no passado esquecidas.
Fonte Quartz
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