O resultado das urnas deixou
para o PT uma série de marcas negativas na formação da bancada da Câmara dos
Deputados. Além da queda no número de parlamentares eleitos desde 2010 e da
diminuição na quantidade de votos, a legenda viu sua capilaridade nos estados
diminuir a um padrão comum aos tempos em que era oposição. Entre 2002 e 2010,
os deputados petistas representavam quase todo o país. Mas, nas eleições deste
ano, o PT não foi capaz de eleger um único deputado em seis estados da
federação. As populações de Amazonas, Pernambuco, Roraima, Rondônia, Rio Grande
do Norte e Tocantins rejeitaram todas as opções apresentadas pelo partido do
ex-presidente Lula para a Câmara Federal.
Chama à atenção a derrota
dos petistas em Pernambuco, que tinha quatro representantes na Câmara e não
elegeu nenhum em 2014. A hegemonia no Estado atualmente está nas mãos do PSB,
comandado até pouco tempo pelo ex-governador Eduardo Campos, morto em acidente
aéreo em 13 de agosto. O PSB de Pernambuco elegeu oito deputados federais,
entre eles nomes muito ligados ao ex-governador. Os petistas pernambucanos são
presença constante na Câmara desde 1998, quando a legenda tinha apenas um
deputado, Fernando Ferro, que não conseguiu a reeleição este ano após quatro
mandatos consecutivos.
Escreve Congresso em Foco
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