A propriedade
descongestionante do gengibre não é novidade. Segundo a nutricionista Flávia
Bulgarelli, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a raiz tem
propriedade antisséptica e anti-inflamatória. O chá de gengibre é indicado para
combater gripes, resfriados e tosse.
Estudos recentes revelam
ainda possível ação anticancerígena. Segundo pesquisadores do Instituto Hormel,
da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, o gingerol, substância
responsável pelo sabor exótico do gengibre, seria capaz de deixar mais lento o
crescimento dos tumores de intestino. Experiências da Universidade de Michigan
(EUA) apontam o pó extraído da raiz como um ótimo coadjuvante no tratamento do
câncer de ovário, por levar as células cancerígenas a cometerem apoptose
(espécie de suicídio) e autofagia (canibalismo). E estudos da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp) atestaram os benefícios da raiz para a
circulação sanguínea.
Não por acaso, o gengibre é
uma das mais antigas e populares do mundo. No Japão, massagens com óleo de
gengibre são tratamentos tradicionais e famosos para problemas de coluna e
articulações. Na fitoterapia chinesa, a raiz é usada para abrir o apetite,
diarréia, vômitos e dor abdominal. Na medicina Ayurvédica, o Zingiber
officinale é conhecido como “medicamento universal”.
O gengibre pode ser
consumido fresco, seco (pó), em conserva ou cristalizado. No Japão costuma-se
usar o suco da raiz para temperar carnes e para preparo de conservas. No
Brasil, geralmente o gengibre é utilizado em restaurantes japoneses, como
acompanhamento de sushis e sashimis.
Escreve Dr. Antônio Sproesser
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