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terça-feira, 16 de setembro de 2014

Guerra de acusações após choro de Marina



O fim de semana foi de choro e muita troca de farpas entre os candidatos à Presidência da República e até o ex-presidente Lula acabou envolvido na polêmica. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo na sexta, Marina Silva (PSB) teria chorado ao falar das críticas do ex-presidente, de quem foi aliada por 24 anos: “não posso controlar o que Lula pode fazer contra mim, mas posso controlar que não quero fazer nada contra ele”.
São Paulo, no sábado, Lula rebateu Marina e disse que prefere falar bem de sua candidata a criticar os adversários. E mandou seu recado. “Não gosto de usar nomes de adversários em palanque. Mas hoje, surpreendentemente, vi numa manchete que Marina chorou falando sobre o Lula. A dona Marina não precisa contar inverdades a meu respeito para chorar, chore por outras coisas que ela quiser chorar”, afirmou o petista. A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, também criticou no sábado o desabafo feito na véspera pela adversária. “Acho que, (para) ser presidente, a gente tem que aguentar a barra. Se a pessoa não quer ser criticada, não dá para ser presidente”, disse a petista.
Ainda no sábado, Marina reagiu com ironia às críticas do ex-presidente e de Dilma, e as atribuiu “ao desespero com a possibilidade de perder a eleição”. “Para ser presidente, é preciso apresentar um programa. É preciso trabalhar com a verdade, e não com o boato. Ela (Dilma) é a primeira mulher eleita do Brasil. E ela pode ter certeza, não vou fazer com ela o que ela está fazendo comigo”, salientou a ex-senadora. com as críticas de Marina sobre a falta de um programa de governo do PT, Dilma disse ontem que não precisa fazer promessas, porque suas propostas estão sendo executadas e sendo criticadas “todo santo dia”. Dilma afirmou ainda que “coitadinho” não pode chegar à Presidência.

Ontem, no Rio, o senador Aécio Neves, candidato tucano à Presidência, ficou à margem da polêmica envolvendo Marina, Dilma e Lula. Mas não deixou de alfinetar as duas adversárias. No caso da atual presidente, ele disse que Dilma terá dificuldade em se reeleger porque a economia fracassou. Sobre Marina, afirmou que não basta “pinçar pessoas” para formular um bom projeto de governo.

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