O fim de semana foi de choro
e muita troca de farpas entre os candidatos à Presidência da República e até o
ex-presidente Lula acabou envolvido na polêmica. Em entrevista ao jornal Folha
de S.Paulo na sexta, Marina Silva (PSB) teria chorado ao falar das críticas do
ex-presidente, de quem foi aliada por 24 anos: “não posso controlar o que Lula
pode fazer contra mim, mas posso controlar que não quero fazer nada contra
ele”.
São Paulo, no sábado, Lula rebateu
Marina e disse que prefere falar bem de sua candidata a criticar os
adversários. E mandou seu recado. “Não gosto de usar nomes de adversários em
palanque. Mas hoje, surpreendentemente, vi numa manchete que Marina chorou
falando sobre o Lula. A dona Marina não precisa contar inverdades a meu
respeito para chorar, chore por outras coisas que ela quiser chorar”, afirmou o
petista. A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, também
criticou no sábado o desabafo feito na véspera pela adversária. “Acho que,
(para) ser presidente, a gente tem que aguentar a barra. Se a pessoa não quer
ser criticada, não dá para ser presidente”, disse a petista.
Ainda no sábado, Marina
reagiu com ironia às críticas do ex-presidente e de Dilma, e as atribuiu “ao desespero
com a possibilidade de perder a eleição”. “Para ser presidente, é preciso
apresentar um programa. É preciso trabalhar com a verdade, e não com o boato.
Ela (Dilma) é a primeira mulher eleita do Brasil. E ela pode ter certeza, não
vou fazer com ela o que ela está fazendo comigo”, salientou a ex-senadora. com
as críticas de Marina sobre a falta de um programa de governo do PT, Dilma
disse ontem que não precisa fazer promessas, porque suas propostas estão sendo
executadas e sendo criticadas “todo santo dia”. Dilma afirmou ainda que
“coitadinho” não pode chegar à Presidência.
Ontem, no Rio, o senador
Aécio Neves, candidato tucano à Presidência, ficou à margem da polêmica
envolvendo Marina, Dilma e Lula. Mas não deixou de alfinetar as duas
adversárias. No caso da atual presidente, ele disse que Dilma terá dificuldade
em se reeleger porque a economia fracassou. Sobre Marina, afirmou que não basta
“pinçar pessoas” para formular um bom projeto de governo.
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