Em plenária com integrantes
de movimentos sociais de Pernambuco, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da
Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou que a imagem do
ex-presidente Lula deveria ser menos utilizada durante o guia eleitoral da
presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, para não "deixar a
situação difusa demais para o eleitor" e também para evitar o desgaste. O
ministro afirmou que o ex-presidente deve ter uma atuação mais intensa na
campanha por meio da presença em atividades por todo o país. Na próxima
quinta-feira (4), o ex-presidente desembarca no estado, onde participa de um
ato da coligação Pernambuco Vai Mais Longe, que tenta eleger o petebista
Armando Monteiro ao governo do estado.
Além do ministro, a plenária
contou com a participação dos petista João Paulo, candidato ao Senado, de
Teresa Leitão, presidente da sigla em Pernambuco, do deputado Pedro Eugênio, do
vice-prefeito de Olinda, Enildo Arantes, e do senador Humberto Costa. O
presidente da CUT-PE, Carlos Veras, também esteve presente. Durante o evento,
que durou cerca de uma hora e meia, os representantes do PT falaram sobre as
ações realizadas pelo governo federal ao longo das duas gestões de Lula e da
gestão de Dilma, numa tentativa de injetar ânimo na militância que estava
presente. Os erros também foram admitidos. "Uma insatisfação difusa foi
instaladada na sociedade por nossa responsabilidade. Deixamos cristalizar essas
visões equivocadas sobre o governo", destacou Humberto Costa.
O ministro Gilberto Carvalho
também reforçou o tom de autocrítica, citando que as reformas que são
necessárias só vão acontecer se o governo melhorar a relação com a militância,
algo que, na avaliação dele, deixou a desejar. "Foi um erro enorme. Não
municiamos nossa militância para esse embate que acontece agora", disse,
referindo-se a situação atual da corrida política.
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