Os trabalhadores do setor
químico sofrem mais com lesões, contusões e envenenamentos, com doenças por
esforço repetitivo (em tendões e nervos) e respiratórias e problemas de pele,
entre outros, do que a média dos empregados de outros segmentos no País. É o
que aponta o pesquisador e presidente do Instituto de Previdência de Santo
André, Remígio Todeschini, que organizou com a colaboração do médico Herval
Pina Ribeiro, da doutora em psicologia social Jaqueline Gomes de Jesus e do
também pesquisador Wanderley Codo, o livro ‘De que adoecem os trabalhadores
químicos’, que será lançado no dia 8 de agosto no Sindicato dos Químicos do
ABC, em Santo André.
Por meio de levantamento
realizado com dados nacionais de afastamentos do trabalho, que geraram
auxílio-doença e auxílio-acidentário pela Previdência Social em 2010, o livro
mostra as principais incidências de adoecimento na categoria. Aponta, por
exemplo, que quando o assunto são lesões e cortes, 63,2% das ocorrências
acontecem na atividade, enquanto as 36,8% restantes afetam amostra com
empregados de outras áreas. Entre os segmentos com presença significativa na
região, o setor plástico, por exemplo, tem grande incidência desse tipo de
problema. De todos os afastamentos nessa área em todo o País, 43% ocorrem em
empresas do ramo, e com frequência elevada (cerca de 10 mil trabalhadores, em
universo de 250 mil). “O grande problema (do segmento) é a defasagem
tecnológica (dos equipamentos de muitas pequenas empresas)”, considerou o pesquisador,
que já presidiu o Sindicato dos Químicos do ABC, além de também ter sido
diretor de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do Ministério da
Previdência. Todeschini cita que a pesquisa contida no livro pode servir como
subsídio para advogados, profissionais de Recursos Humanos e dirigentes
sindicais. “Ajuda no processo de aquisição do benefício previdenciário”,
afirma.
ASCOM Força Sindical
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