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terça-feira, 29 de julho de 2014

Químicos sofrem mais com lesões



Os trabalhadores do setor químico sofrem mais com lesões, contusões e envenenamentos, com doenças por esforço repetitivo (em tendões e nervos) e respiratórias e problemas de pele, entre outros, do que a média dos empregados de outros segmentos no País. É o que aponta o pesquisador e presidente do Instituto de Previdência de Santo André, Remígio Todeschini, que organizou com a colaboração do médico Herval Pina Ribeiro, da doutora em psicologia social Jaqueline Gomes de Jesus e do também pesquisador Wanderley Codo, o livro ‘De que adoecem os trabalhadores químicos’, que será lançado no dia 8 de agosto no Sindicato dos Químicos do ABC, em Santo André.
Por meio de levantamento realizado com dados nacionais de afastamentos do trabalho, que geraram auxílio-doença e auxílio-acidentário pela Previdência Social em 2010, o livro mostra as principais incidências de adoecimento na categoria. Aponta, por exemplo, que quando o assunto são lesões e cortes, 63,2% das ocorrências acontecem na atividade, enquanto as 36,8% restantes afetam amostra com empregados de outras áreas. Entre os segmentos com presença significativa na região, o setor plástico, por exemplo, tem grande incidência desse tipo de problema. De todos os afastamentos nessa área em todo o País, 43% ocorrem em empresas do ramo, e com frequência elevada (cerca de 10 mil trabalhadores, em universo de 250 mil). “O grande problema (do segmento) é a defasagem tecnológica (dos equipamentos de muitas pequenas empresas)”, considerou o pesquisador, que já presidiu o Sindicato dos Químicos do ABC, além de também ter sido diretor de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do Ministério da Previdência. Todeschini cita que a pesquisa contida no livro pode servir como subsídio para advogados, profissionais de Recursos Humanos e dirigentes sindicais. “Ajuda no processo de aquisição do benefício previdenciário”, afirma.

ASCOM Força Sindical


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