30% das vagas de todos os
concursos públicos realizados pela Prefeitura já serão reservados para
afrodescendentes. O decreto que cria as cotas para o serviço público municipal
foi assinado nesta sexta-feira (21), no Centro Cultural da Câmara, com a
presença do prefeito ACM Neto, da secretária da Reparação, Ivete Sacramento, do
secretário da Educação, Jorge Khoury, e de representantes das comunidades
negras de Salvador. Na mesma solenidade, o prefeito assinou o decreto que
reconhece os templos de matrizes africanas como organizações religiosas,
igualando seus benefícios e isenções aos de outras crenças. As medidas
afirmativas adotadas pela Prefeitura fazem parte das comemorações pelo
aniversário da cidade e pelo Dia Internacional da Eliminação da Discriminação
Racial, data que marca o Massacre de Shaperville, em 1978, na África do Sul, no
qual negros foram mortos pelo regime do Apartheid. Na abertura do evento, que
abrigou ainda o lançamento da Mostra Criativa Salvador Arte e Cultura Negra,
uma parceria da Semur e da Smed, crianças do Coral Vozes entoaram o Hino da
África do Sul. “Esses dois decretos que assinamos hoje são importantíssimos do
ponto de vista da política pública municipal e representam o que há de mais
expressivo para a reparação. Eles revelam nosso compromisso com ações corajosas
e transformadoras, capazes de mudar o presente e construir um futuro melhor”,
afirmou o prefeito ACM Neto, ressaltando que, ao se tornarem leis, essas se
consolidam como conquistas permanentes para a população. O prefeito lembrou que
a lei que cria as cotas para negros já havia sido aprovado na Câmara há alguns
anos, mas só agora foi efetivado pelo Executivo municipal. Com relação à
equiparação dos terreiros aos outros templos religiosos, ACM Neto classifica
como um ato de Justiça. “A Constituição garante todos têm direitos de credo.
Com o reconhecimento dos terreiros, não haverá distinção de fé. Não podemos
esquecer que esses templos são muito importantes não só como no aspecto
religioso, mas pelo papel social que desempenham nas suas comunidades”.
Política Livre
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