A Justiça do Distrito
Federal isentou o Partido dos Trabalhadores (PT) de pagar uma dívida de R$ 100
milhões em empréstimos supostamente tomados por empresas ligadas a Marcos
Valério Fernandes em bancos que abasteceram o esquema do mensalão. Segundo reportagem
do jornal O Estado de S. Paulo, a juíza Iêda de Castro Dória considerou
fictícios os empréstimos contraídos entre fevereiro de 2003 e outubro de 2004
nos bancos BMG e Rural.
A decisão, tomada em
fevereiro, foi baseada no julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal
(STF) que condenou Marcos Valério, seus antigos sócios, integrantes do PT e
diretores do Banco Rural por crimes como lavagem de dinheiro, gestão
fraudulenta e evasão de divisas ao concluir que os empréstimos eram
fraudulentos.
De acordo com a reportagem
de Ricardo Brito, a magistrada argumentou que não se pode questionar na Justiça
comum “fatos já examinados e julgados”. Iêda condenou as empresas a pagarem as
custas processuais e os honorários dos advogados do PT, estipulados em R$ 50
mil.
As empresas SMP&B,
Graffiti Participações e Rogério Lanza Toledo e Associados foram à Justiça, em
dezembro de 2005, após o mensalão vir à tona, cobrar do Partido dos
Trabalhadores operações feitas com os bancos Rural, no valor de R$ 55,9
milhões, e BMG, no valor de R$ 44,1 milhões, alegando que havia contraído os
empréstimos a pedido de dirigentes petistas.
Congresso em Foco
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