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domingo, 9 de março de 2014

27 cubanos abandonaram o Mais Médicos, 89 estão desaparecidos do trabalho


Essa história de escravidão em pleno século XXI não está agradando em nada os médicos cubanos que chegaram recentemente ao Brasil. O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira que 27 médicos cubanos abandonaram o Mais Médicos, programa federal que será bandeira de campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Desse total, o governo afirmou ter sido notificado nesta semana de três novas ausências – na semana passada, eram 22 desistências –, além dos já conhecidos casos de Ramona Rodriguez e Ortelio Jaime Guerra. Esses cinco casos são diferentes dos 22 contabilizados até então, porque eles não retornaram para Cuba. Atualmente, o Ministério da Saúde não tem um protocolo para definir prazos nem regras sobre o afastamento dos participantes do programa Mais Médicos. Diante da debandada, o ministro Arthur Chioro disse que nesta quinta-feira serão publicadas no Diário Oficial da União as normas para definir o processo de desligamento. O governo pretende fixar um limite de dez a quinze dias para o município onde os médicos atuam informar a saída dos profissionais. Também nesta quinta será divulgada a lista de 89 profissionais considerados faltosos. Caso eles não retornem aos postos, a pasta iniciará o processo de desligamento com a convocação de substitutos.
O ministro da Saúde afirmou ainda que o governo endurecerá as punições para os municípios que descumprirem as obrigações com o programa, como o repasse de verbas. Será estabelecido um prazo de cinco dias para que as cidades apresentem justificativas para os problemas, além de um limite de quinze dias para a correção. Caso as irregularidades não sejam solucionadas, os municípios podem ser descadastrados do Mais Médicos. “Não podemos imaginar que um programa com esse sucesso possa ter problemas porque um município não consegue cumprir as suas responsabilidades”, disse Chioro.
Chioro negou que a saída de médicos preocupe o governo. “Para nós, o que preocupa é recompor o programa Mais Médicos e garantir a cada brasileiro o direito a ter uma equipe completa. Comparando-se a experiências internacionais, esse número ainda é insignificante”, disse Chioro. 

Com informações da Veja

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