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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Brasil tem desafio perene para reduzir dependência do adubo importado


O Brasil enfrenta desafios permanentes para reduzir a dependência de importação de fertilizantes, como almeja o governo, por conta de altos custos de produção e tributos, que diminuem a competitividade do país frente a concorrentes externos, disse o diretor-executivo da associação que reúne a indústria de adubos.   O consumo de adubo no país, uma potência agrícola, atingiu o recorde de 31,08 milhão de toneladas no ano passado, enquanto a produção interna seguiu direção contrária, registrando o menor nível desde 2009.   A produção menor é reflexo do esgotamento da vida útil da principal mina de potássio do país, da Vale, em fase de desaceleração na produção, e de um custo cada vez maior nas minas de fósforo, cada vez mais profundas e, portanto, mais custosas, disse David Roquetti Filho, diretor-executivo da Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda).   Enquanto isso, os preços internacionais de fertilizantes ficaram mais baixos no ano passado, reduzindo ainda mais a competitividade do Brasil, que pode optar por produtos de outras origens, dependendo dos custos com frete.   "Nossa produção está diminuindo, mas, ao mesmo tempo, o produtor está sendo suprido pelo mercado internacional", explicou.   O Brasil, quarto maior consumidor, importou quase 70 por cento de sua demanda total por NPK --sigla para os nutrientes nitrogênios, potássio e fósforo, que compõem a fórmula final dos fertilizantes.   Segundo a Anda, até 2017 a cadeia produtiva está em situação razoavelmente confortável com a previsão de início de projetos, como os da Petrobras, Galvani, Vale, Anglo American, MbAC, apresentados em congresso do setor no ano passado.   "Mas se a gente não começar a pensar desde já em projetos a partir de 2017, esta dependência (da importação) poderá voltar a crescer", afirmou.   Embora a indústria evite fazer projeções, o país tem à frente uma perspectiva de consumo crescente com agricultores capitalizados e um aumento constante de área agrícola.

Mercado do Cacau 

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