Foram 11 derrotas do governo em 37 votações na
Câmara dos Deputados no segundo semestre de 2013. Nunca a presidente Dilma
Rousseff (PT) perdeu tanto em tão pouco tempo. Ela sofrera só 3 derrotas ao
longo de todo ano de 2011, 5 em 2012 e outras 5 no primeiro semestre do ano
passado. O surto de derrotas sucedeu os protestos de rua que derrubaram a
popularidade presidencial.
A tendência de perda de apoio na Câmara vem de longe, porém. O núcleo
duro governista - aqueles que votam com Dilma em pelo menos 90% das vezes -
caiu de 306 deputados em 2011, para 134 em 2012 e fechou o ano passado com
apenas 123 parlamentares (72% deles do PT). Ou seja, a presidente só pode
contar mesmo com o voto de 1 em cada 4 deputados.
Como o governo tem maioria teórica no Congresso, as derrotas só
podem ser impingidas por seus aliados. Nessas 11 derrotas, os partidos da base
de apoio a Dilma que mais traíram a presidente foram PSD e PSB, mas não só
eles. Ao racharem, os peemedebistas também atrapalharam bastante. Além disso, o
PMDB detém a presidência da Câmara e determina o que e quando será votado.
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