O presidente da FIFA, Joseph Blatter, não esconde a insatisfação da
entidade com a organização do Mundial no Brasil, em relação aos atrasos nas
obras de estádios, aeroportos e outros setores de infraestrutura para o Mundial
de 2014. Em uma entrevista para o jornal suíço 24 Heures, Blatter afirmou que
as intervenções “começaram tarde demais” e ainda admitiu que a entidade prevê
novas manifestações durante os jogos. Sobre os protestos, a avaliação é de que
as partidas não serão afetadas. “Eu sou um otimista, não um covarde. Então, eu
não tenho medo. Nós sabemos: teremos novas manifestações e protestos. Os
últimos, na Copa das Confederações, nasceram nas redes sociais. Não tinham
objetivo, reivindicações reais. Mas durante a Copa, elas serão mais concretas,
mais estruturadas. Mas o futebol será protegido. Não acredito que os
brasileiros atacarão o futebol diretamente. No país deles [Brasil], o futebol é
uma religião”, disse Blatter. O presidente da Fifa não fez críticas aos
manifestantes, bem diferente do tratamento destinado aos responsáveis pelas
obras, tocadas sob a supervisão do Ministério dos Esportes e do Comitê
Organizador Local. “O Brasil acaba de tomar consciência do que é (a Copa). Eles
começaram tarde demais. É o País mais atrasado desde que eu estou na Fifa e,
portanto, foi o único que tinha tanto tempo – sete anos – para se preparar”,
alfinetou. Na Bahia, o estádio da Fonte Nova está pronto para o Mundial, porém,
outras promessas não foram cumpridas. O metrô não ficará pronto, enquanto as
reformas no porto e aeroporto devem estar finalizadas no Mundial, mas com meses
de atraso, já que teriam que ser concluídas até o final de 2013.
Bahia Noticias
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