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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Gestores baianos relatam preocupações com o aumento do salário mínimo


O ano de 2014 mal começou e grande parte dos gestores baianos já está preocupada com as finanças de seus Municípios. A inquietação se dá por conta do aumento do salário mínimo de R$ 678 para R$ 724, em valores porcentuais representa um aumento de 6,78%. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou levantamento com os dados deste impacto. E a presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Maria Quitéria, contou que a situação, que já não era fácil, vai ficar ainda mais difícil neste ano.
A presidente explica que mais ou menos 60% da folha de pagamento das prefeituras é de salário mínimo. “Esse reajuste significa um impacto de 14% a 15% a mais na folha”, calcula. Os números revelam um problema maior, pois, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), as prefeituras só podem gastar 54% de tudo o que arrecadam com a folha de pagamento. Com o aumento no salário mínimo, a média entre os Municípios baianos vai para 67% da receita. “Para não ter problemas com o Tribunal de Contas, só resta aos gestores demitir alguns funcionários”, lamenta Quitéria. “Em dezembro já foi uma leva. Aqueles que ainda não fizeram, vão fazer agora em janeiro”, acredita. Entre as prefeituras que já começaram as demissões, ela cita Ilhéus, Lauro de Freitas, Itagi, Barreiras, Dário Meira e Cardeal da Silva (onde a própria está Prefeita)
Maria Quitéria reclama que a principal fonte de renda, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) não tem acompanhado os sucessivos aumentos do salário mínimo e, por isso, as prefeituras, sobretudo as pequenas, estão em situação cada vez mais difícil. 


Correio  

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