A Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos
Eletroeletrônicos (Eletros) pedirá formalmente ao governo, na próxima semana, a
prorrogação da vigência do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) reduzido
para itens da linha branca. De acordo com o presidente da entidade, Lourival
Kiçula, a continuidade da medida é fundamental para garantir bom resultado para
o setor em 2014. Em 2011, as vendas da linha branca cresceram 10% e, em 2012,
20%. Este ano, devem registrar queda de 3%.
“Vai ser pedido, é indispensável para o setor”,
declarou Kiçula, que, apesar do resultado negativo das vendas esperado para
2013, acredita que a linha branca teve bom desempenho este ano se for levada em
conta a base de comparação elevada verificada em 2012. A desoneração do IPI
para esses produtos expira em 31 de dezembro. Kiçula falou à imprensa após
reunião de empresários da Coalizão para a Competitividade com o ministro da
Fazenda, Guido Mantega.
Formada por 18 associações empresariais, a coalizão
dialoga com o governo sobre estratégias para elevar a competitividade da
indústria. Além da Eletros, entre os presentes estavam entidades como a
Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Associação Brasileira da
Construção Metálica (Abcem) e Associação Brasileira da de Máquinas e
Equipamentos (Abimaq). De acordo com Fernando Figueiredo, presidente da
Abiquim, os empresários discutiram a criação de uma frente para garantir o
aumento dos investimentos no país. Nova reunião para tratar do assunto deve ser
convocada em dez dias.
Segundo Figueiredo, os investimentos da indústria
química estão aquém do potencial do setor. “Em um estudo feito em 2009 e 2010,
identificamos potencial de investimento de US$ 167 bilhões em dez anos. Isso
significa, em média, US$ 15 bilhões por ano. Mas a indústria química está
investindo de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões anuais, um terço do que deveria
investir. É muito pouco”, avaliou.
Agencia Brasil
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