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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Poder econômico e poder político no Brasil

É questão insofismável na teoria marxista que o poder econômico detém o poder político. Em outras palavras, quem detém o poder econômico, quem controla a economia, controla conseqüentemente o poder econômico.  Transporta tal pensamento para o contexto de um Estado, aquele que possuir o poder econômico controlará politicamente o Estado. 
 Analisando o contexto do Brasil, percebemos que ou a teoria marxista não é válida ou precisa de complementos. Isto porque, no Brasil, o Poder Econômico, concentrado no Estado de São Paulo não detém o poder político. Há décadas, São Paulo não elege um representante nato do Estado que se lance ao poder com uma plataforma paulista (lembre-se que FHC é carioca). 
Historicamente, iniciando nossa análise no Império, o poder político sempre coube ao Estado de Minas Gerais, o qual, não sendo industrializado, sempre teve a maior capacidade entre os Estados de compor os quadros estratégicos na política e eleger os dirigentes máximos. 
 Recentemente este poder foi transferido aos estados do Nordeste, os quais além de não industrializados, não possuem o setor agrícola que Minas Gerais possui.  O Nordeste possui os piores índices de desenvolvimento econômico e social do país, porém, possuem a maior média de deputado/senador por eleitor. 
 Isto leva a observar que o simples domínio econômico não leva naturalmente ao poder político, existindo relações entre poder político e poder econômico que transcendem o limite geográfico, o que não é explorado pelos teóricos marxistas. 
No Brasil, a elite dominante forma um bloco entre financiadores (poder econômico) e políticos (poder político). O poder econômico no Brasil, não age diretamente no controle político, agindo por pessoa interposta, resultando no fato de que onde está o poder econômico não está o poder político. 
As relações em um país continental como o Brasil dependem da formação de blocos de interesses políticos e econômicos, tornando a relação de poder altamente complexa, levando a análise do poder econômico à análise do processo de formação de candidaturas aos cargos eletivos. 
Entender as razões do financiamento de uma campanha eleitoral permite o entendimento das pretensões do poder econômico e como ele atua por intermédio do poder político. 


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