O Brasil, mesmo com a sexta maior
economia do mundo, ainda está entre os cem países com os piores indicadores de
trabalho escravo, segundo o primeiro Índice de Escravidão Global. O Brasil
ocupa o 94º lugar no índice de 162 países (com a Mauritânia no topo da lista,
apontado como o pior caso). Trata-se da primeira edição do ranking, lançado
pela Walk Free Foundation, ONG internacional que se coloca a missão de
identificar países e empresas responsáveis pela escravidão moderna. Segundo a
Folha, um relatório que acompanha o índice elogia iniciativas do governo
brasileiro contra o trabalho forçado, apesar de o país ainda ter, segundo
estimativas dos pesquisadores, cerca de 200 mil pessoas nesta condição. No
Brasil, o trabalho análogo à escravidão concentra-se, sobretudo nas indústrias
madeireira, carvoeira, de mineração, de construção civil e nas lavouras de
cana, algodão e soja. A exploração sexual, sobretudo o turismo sexual infantil
no Nordeste, também são campos sensíveis, segundo o relatório, que cita ainda a
exploração da mão de obra de imigrantes bolivianos em oficinas de costura.
Fonte: Poder & Política
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