Empregados da Petrobrás entrarão em greve por tempo indeterminado a
partir de 0h desta quinta-feira, dia 17, em protesto contra o primeiro leilão
de áreas de exploração de petróleo na camada pré-sal, pelo marco regulatório da
partilha de produção.
O certame, que oferecerá a área de Libra, na Bacia de Santos,
está agendado para a próxima segunda-feira, dia 21.
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a indicação a
favor da greve foi aprovada em sindicatos filiados "de Norte a Sul"
do País. Serão paralisadas as atividades em refinarias, terminais de
distribuição, plataformas de petróleo, campos terrestres de produção, usinas de
biodiesel, termoelétricas e unidades administrativas da Petrobrás e suas
subsidiárias.
A única exceção é a Lubnor, fábrica de asfalto, lubrificantes e
outros derivados, localizada no Ceará, onde haverá uma assembléia na manhã
desta quinta-feira para decidir sobre a greve, informa nota enviada há pouco
pela FUP.
"Os petroleiros exigem a suspensão imediata do leilão de
Libra, a maior e mais importante descoberta de petróleo dos últimos anos, que o
governo pretende ofertar às empresas privadas no próximo dia 21", diz um
trecho da nota.
A pauta de reivindicações da greve inclui também a retirada da
pauta de votação da Câmara dos Deputados do Projeto de Lei (PL) 4.330/04, de
autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO). O projeto muda as regras
para a terceirização de serviços.
"Sob o pretexto de regulamentar a terceirização, (o
projeto) piora consideravelmente as condições de trabalho e ataca direitos
históricos da classe trabalhadora", diz a nota da FUP.
Por fim, os sindicatos cobram também avanços na campanha de
negociação salarial, "cuja proposta apresentada pela Petrobrás no dia 7
foi amplamente rejeitada pelos trabalhadores".
Fonte: Economia & Negócios.
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