O governador de Pernambuco e presidenciável
Eduardo Campos (PSB) procurou desfazer nesta sexta-feira, 18, em entrevista, em
Recife, qualquer aresta com o também presidenciável, senador Aécio Neves
(PSDB), depois que o vice-presidente nacional da legenda socialista, Roberto
Amaral, afirmou que o tucano seria o seu principal adversário na eleição
presidencial. Uma vez que os dois disputariam uma vaga no segundo turno com a
presidente Dilma Rousseff.
"Liguei
para o senador Aécio Neves dizendo que nós temos que seguir dialogando",
disse Campos ao lembrar a relação de respeito que mantém com o político
mineiro. "Não vamos transformar este debate em um ringue, de forma
nenhuma, pelo contrário". Ele frisou que ao PSB não interessa disputas
fratricidas. "Não teremos nenhuma posição contra quem quer que seja, nem
contra o senador Aécio Neves, assim como não tivemos nenhuma posição contra a
presidente da República".
"A nossa posição é construir um pensamento que represente a
possibilidade de melhorar a política e, melhorando a política, melhorar o
Brasil", pontuou. "É legítima a caminhada do PSDB como é a do PT e a
nossa, de construir um pensamento junto com a Rede e oferecer este pensamento
ao País".
"Temos de ter todo cuidado para não transformar um debate tão
importante em um debate de nomes nem de partidos", complementou, ao
afirmar que pedirá aos seus companheiros que ajam da mesma maneira.
Campos destacou a relação de "grande respeito" que
mantém com Aécio Neves e relembrou que desde 1984 eles não estão juntos na mesma
posição política nacional, mas já estiveram juntos na defesa de "muitas
questões importantes para o País".
"Quando fomos deputados federais juntos e o apoiamos para ser
presidente da Câmara, construímos um ponto programático que falava da
legislação participativa", disse, ao citar a abertura à participação
popular na proposição de projetos de lei ao Parlamento. "Foi um
compromisso assumido e cumprido por ele".
O governador reiterou não ser momento para debate eleitoral e
reforçou que o foco do PSB e da Rede é a discussão do programa a ser
apresentado pela aliança. Informou que no dia 28, feriado pelo dia do
funcionário público, as duas legendas estarão reunidas em São Paulo durante
todo o dia "tentando sair dali com mais um documento de referência para a
aliança".
Fonte: Poder & Política
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