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domingo, 1 de setembro de 2013

Marina evita, mas aliados já discutem futuro sem Rede


Segunda colocada nas pesquisas eleitorais, Marina Silva se recusa a discutir, até mesmo a portas fechadas, um plano B para a sucessão presidencial de 2014 se não conseguir registrar seu partido, a Rede de Sustentabilidade, dentro do prazo exigido pelo Tribunal Superior Eleitoral. Apesar da cautela da ex-senadora, dirigentes da Rede que são detentores de mandato parlamentar já começam a pensar no futuro caso o projeto naufrague.
Para poder ter candidatos em 2014, a Rede precisa ser criada até 05 de outubro, mas tem enfrentado dificuldades para certificar as 492 mil assinaturas necessárias para obter o registro.
Sem uma legenda própria, Marina teria de procurar um partido para abrigar seu projeto de poder que oferecesse "um mínimo de conforto programático", como diz um operador político da Rede. O espectro é pequeno, mas traz opções. A mais viável seria o retorno ao PV, sua antiga legenda. Alternativas aceitáveis seriam o PDT, PPS e até o novato PEN, que poderia ser moldado à imagem e semelhança de Marina.
Todas essas siglas se dizem abertas ao diálogo e já abriga militantes ligados a Rede. O problema é que uma eventual migração poderia deixar os parlamentares do grupo sem mandato, já que a lei só permite mudança para partidos recém-criados.
Para a maioria dos políticos que estão na linha de frente do movimento pela criação da Rede, a permanência em suas atuais legendas se tornou insustentável. Deputado federal eleito pelo Rio, Alfredo Sirkis explodiu pontes com o PV, partido que ajudou a criar. Ele já sabe que não seria fácil conseguir a legenda para tentar renovar o mandato. "O grupo do (José Luiz) Penna (presidente nacional do PV) quer ver a minha caveira", afirma. "Se eu quiser, sou candidato pelo PV pelas vias legais. Mas eu não sei se quero isso. Estou extremamente calmo, enfrentando essa situação com muita tranquilidade, até porque eu não sou político, estou político."
O mesmo dilema vive o deputado federal Domingos Dutra (PT-MA). Ele anunciou publicamente que não fica na sigla se os petistas mantiverem a aliança com a família Sarney no Estado, hipótese mais provável. Dutra não esconde que, caso a Rede não saia do papel, vai buscar alternativas. "Estou acompanhando (o processo no TSE), mas só vou pensar numa alternativa a partir do dia 20 de setembro. Aí eu vou ver se fico no PT ou se vou para outra sigla". PSOL, PDT e PSB já se ofereceram para abrigar os dissidentes.

Fonte: Notícias ao Minuto

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