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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Sintonia nas críticas ao governo de Dilma



O Governador Eduardo Campos e o senador Aécio Neves não caminharão lado a lado nas eleições do próximo ano, quando ambos poderão disputar a Presidência da República, mas também não estarão em campos completamente opostos. Essa, pelo menos, foi à mensagem que os comandantes do PSB e do PSDB, respectivamente, deixaram transparecer em seus discursos, ontem, antes e depois do jantar na casa do socialista, no Recife.
Os dois negaram que as alianças para 2014 tenha sido o prato principal do encontro, mas admitiram que os dois partidos poderão ter palanques conjuntos em vários estados. As lideranças locais preveem o lançamento de candidatos comuns em pelo menos sete deles. “Essa parceria é muito sólida e se espalha pelo Brasil”, disse Aécio Neves, ao lembrar parcerias firmadas há muitos anos em São Paulo e Minas Gerais, o estado natal do tucano.
Eduardo Campos, por outro lado, ressaltou que ele e Aécio, apesar de estarem em campos políticos diferentes, têm uma história de amizade antiga. Ele lembrou que os dois estiveram juntos, em 1984, quando Miguel Arraes, avô do gestor pernambucano, apoiou a candidatura de Tancredo Neves, avô do tucano, na campanha vitoriosa pela Presidência da República. “As pessoas podem conversar mesmo tendo suas diferenças de visão do mundo”, disse Eduardo, referindo-se a questões partidárias.
A convergência entre ambos, no entanto, cresce quando o assunto diz respeito às críticas à gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), principalmente na área econômica. “São críticas reais, são críticas que ele (Eduardo) faz dando eco ao que ele ouve aqui no seu estado, ouve andando pelo Brasil. Realmente hoje várias das conquistas do PSDB estão em risco. Do ponto de vista da economia, a situação é extremamente grave”, disse Aécio, enfatizando o baixo crescimento econômico do país. “Esse ano vamos crescer apenas mais que a Venezuela”, pontua.
O afinamento entre o socialista e o tucano, no entanto, esbarra no projeto pessoal dos dois, que miram a rampa do Planalto. Em reserva, aliados dizem que Eduardo e Aécio trabalham para firmar um pacto de não agressão para a disputa da presidência e que se prolongaria caso um deles esteja no segundo turno, na disputa de uma vaga contra a presidente Dilma Rousseff. Neste caso, um apoiaria o outro. Contribuiria para isso o fato de os socialistas estarem mais próximos hoje, nos estados, dos tucanos que dos petistas. Para 2014, segundo levantamento do Diario, não há projeto conjunto das siglas para a disputa estadual.
Sobre projeções para a disputa, os dois desconversam. “Tenho por ele (Eduardo) uma amizade que transcende a questão política e nós temos conversado muito. Nem sempre a gente divulga essas conversar. Mas acho que fazemos a boa política. A política que a população, que os cidadãos esperam”, disse Aécio Neves. 
Fonte: Diário de Pernambuco

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