Na campanha presidencial de 2010, o
tema aborto infernizou a vida da então candidata Dilma Rousseff. Seus
adversários, em especial o ex-governador José Serra (PSDB), a acusaram de ser
favorável à legalização do aborto, na tentativa de retirar dela o apoio de
católicos e evangélicos e de outras religiões. Após intensa polêmica, ainda
durante a campanha eleitoral, ela terminou assinando uma carta na qual se
comprometeu a não alterar, de nenhuma forma, a legislação brasileira sobre o
tema. Três anos depois, a controvérsia está de volta. Lideranças católicas e
evangélicas não aceitam a decisão tomada por Dilma na última quinta-feira
de sancionar sem vetos a Lei 12.845/13, a chamada Lei das Vítimas Sexuais.
Para elas, o texto publicado ontem no Diário Oficial abre
brechas para a realização de abortos com amparo legal.
A Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB) divulgou nota oficial para expressar sua insatisfação. Como o Congresso
em Foco informou no último dia 18, a entidade e outras organizações religiosas
se reuniram na véspera com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleise Hoffmann, e o
ministro da Secretaria - Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho,
para pedir que fossem suprimidos do projeto aprovado pelo Congresso dois
dispositivos. O que define violência sexual como “qualquer atividade
sexual não consentida” e o que dá a mulheres vítimas de violência sexual a
possibilidade de fazer “profilaxia da gravidez”. Fonte: Congresso em Foco.
Papa Francisco Agradece aos Brasileiros
O papa Francisco agradeceu domingo (04/08) ao povo brasileiro pela
Jornada Mundial da Juventude (JMJ). "Quero enfatizar meus
agradecimentos aos brasileiros: é uma boa gente a do Brasil, um povo de grande
coração. Não me esqueço de sua calorosa recepção, da sua cordialidade, de seus
olhares, de sua alegria. É um povo generoso. Peço ao senhor que os
abençoe", declarou o pontífice perante milhares de fiéis presentes na
Praça São Pedro apesar das altas temperaturas em Roma. No primeiro Ângelus
desde que deixou o Brasil e regressou ao Vaticano, o religioso agradeceu em
especial a "todos os jovens que participaram com sacrifícios" e
"ao Senhor, pelos encontros com os pastores e o povo desse grande país que
é o Brasil, assim como suas autoridades e os voluntários". "O
Senhor recompense a todos aqueles que trabalharam por essa grande festa da
fé", prosseguiu o papa. Na sua avaliação, a JMJ deste ano, realizada no
Rio de Janeiro, foi importante para "o Brasil, a América Latina e o mundo
inteiro". Segundo ele, é preciso lembrar da JMJ não como "fogos de
artifícios, mas como etapas de um longo caminho aberto em 1985 por iniciativa
do papa João Paulo II". Papa Francisco manifestou ainda o desejo de que a
experiência da JMJ no Brasil "seja capaz de se incorporar ao caminho
cotidiano, ao comportamento de todos os dias, e que se possa traduzir também em
decisões importantes na vida". Informações da Associated Press.
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