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sábado, 17 de agosto de 2019

VAR no Brasil demora 46% a mais do tempo recomendado pela Fifa – Parte l



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Pouco mais de um ano depois de sua implantação no Brasil, o VAR ainda não caiu nas graças do público. As longas conversas entre o juiz de campo e a equipe que fica na sala que opera os equipamentos têm tomado cada vez mais tempo nas partidas. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estuda como melhorar o uso do árbitro de vídeo no Brasileirão e deverá anunciar mudanças na segunda-feira.
No último balanço divulgado pela CBF, após as primeiras cinco rodadas do Campeonato Brasileiro, cada consulta ao VAR tem demorado, em média, 110 segundos (1min50s), tempo 46% acima do recomendado pela Fifa quando a entidade aprovou o uso da tecnologia. Os 75 segundos (1min15s) apontados pela organização foram exatamente os registrados na primeira experiência do VAR no Brasil, em 14 jogos da Copa do Brasil na temporada passada.
No último fim de semana, os problemas do futebol nacional com o VAR ficaram evidenciados com a estreia do recurso no Campeonato Inglês. Decisões rápidas, transparentes ao público e sem longas paralisações até chegaram a levantar dúvidas se as regras seriam diferentes nos torneios. Mas não é o que se conclui ao ler o regulamento.
Há apenas quatro tipos de lances que podem ser analisados pelo VAR no Brasil, na Inglaterra ou em qualquer outro lugar do mundo, segundo a cartilha feita pelo Conselho da Federação Internacional de Futebol (Ifab, na sigla em inglês): se foi gol ou não, se houve pênalti, erro de identificação para aplicar um cartão e se a jogada foi ou não para vermelho direto.
Até mesmo o slogan que norteia os protocolos de arbitragem no Brasileirão e no Campeonato Inglês é o mesmo: "Interferência mínima, benefício máximo". O que difere os torneios são as orientações. Antes de o Campeonato Inglês colocar em prática oficialmente a tecnologia, foram dois anos de testes realizados. Assim, foi possível fazer ajustes para minimizar o impacto do VAR no espetáculo.
Por aqui, no entanto, o problema parece estar mesmo na demora para uma tomada de decisão. No empate entre Palmeiras e Bahia, válido pela 14ª rodada do Brasileiro, dois pênaltis foram marcados para a equipe baiana após Ricardo Marques Ribeiro, árbitro de vídeo, acionar Igor Benevenuto em campo. Em cada uma das vezes, cerca de cinco minutos foram gastos para que um consenso fosse tomado sobre as infrações. A partida teve uma duração total de 107 minutos - 17 a mais do que o tempo regulamentar.
O zagueiro Vitor Hugo, que fazia sua reestreia pela equipe paulista depois de duas temporadas na Itália e teve contato com o VAR na Europa, estranhou a demora. "Quando cheguei na Itália já tinha o VAR. Lá, o árbitro se faz respeitar mais e os jogadores respeitam mais toda situação do VAR. Também é mais rápida a tomada de decisão. Aqui está pecando um pouco, não na decisão em si, mas no tempo que está levando."
Continua a seguir...

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