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sábado, 25 de outubro de 2014

No último debate, Dilma e Aécio repetem estratégias – Parte l



Apesar do prenúncio no primeiro bloco de um debate pautado por temas polêmicos, o último encontro entre os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) foi marcado por estratégias utilizadas anteriormente pelos rivais. Nesta sexta-feira 24, durante o último debate antes do segundo turno, realizado nos estúdios da TV Globo no Rio de Janeiro, Aécio e Dilma retomaram assuntos como corrupção, educação, previdência e inflação. O primeiro bloco, no entanto, destoou do restante do encontro. Ao citar denúncia trazida pela revista Veja e comentários negativos da revista Istoé, Aécio perguntou a Dilma se ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabiam de esquemas de corrupção na Petrobras. Dilma criticou as publicações e acusou as revistas de manipulação. “Essa revista que fez e faz sistematicamente oposição a mim faz uma calúnia e difamação do porte que ela fez hoje, e o senhor endossa?. A revista Veja não apresenta nenhuma prova e tem o hábito de na reta final tentar dar golpe eleitoral. E isso não é a primeira vez: também fez isso em 2002, 2006, 2010 e agora em 2014”, disse.
Outro tema polêmico foi sobre a construção do Porto de Mariel, em Cuba, com financiamento do BNDES. “Sabemos da absoluta carência de infraestrutura do País. Seu governo optou por financiar a construção do porto em Cuba, gastando bilhões, enquanto nossos portos estão aguardando investimento”, criticou Aécio. “Consegui um documento hoje que afirma que esse tipo de empréstimo normalmente leva dez anos. Esse levou mais de vinte. É justo com o dinheiro brasileiro fazer negócios com um governo que não respeita nem a democracia?”.
Dilma rebateu as críticas lembrando que o governo financiou uma empresa brasileira (Odebrecht) que gerou empregos. “O governo FHC financiou empresas brasileiras a exportar e colocar empresas brasileiras tanto na Venezuela quanto em Cuba. Não entendo este estarrecimento”, disse Dilma. Tanto no primeiro bloco quanto no terceiro, nos quais os candidatos faziam perguntas um ao outro, com direito a réplica e tréplica, enquanto o ex-governador de Minas Gerais repetia que Dilma buscava reescrever a história, a petista quase sempre começava uma resposta dizendo que o peessedebista estava “mal informado”.

Além disso, sempre que podia, Dilma insistia em comparar sua gestão e a de Lula ao governo Fernando Henrique Cardoso, do mesmo partido de Aécio. Depois de ser criticada por ser “a única presidente depois do Plano Real a deixar a inflação maior do que encontrou”, Dilma afirmou que quem deixou inflação maior do que recebeu foi o governo FHC. A presidenta acusou ainda os tucanos de repassarem a crise econômica para as costas do povo: “Vocês deixaram o Banco do Brasil com grave dívida. Quebrou a Caixa, o BNDES. E jogaram a crise nas costas do povo brasileiro: com desemprego e baixos salários”, afirmou.

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